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Homem Controla Braço Robótico com a Mente: Entenda Como Funciona

Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCSF), em São Francisco, nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia que permite a um homem tetraplégico controlar um braço robótico usando apenas a mente. O feito foi possível graças a implantes cerebrais e modelos de aprendizado baseados em Inteligência Artificial (IA), que transformam os pensamentos do paciente em movimentos executados pelo dispositivo.

Como Funciona a Tecnologia?

A Interface Cérebro-Computador (ICC) é o coração dessa inovação. Ela funciona da seguinte maneira:

  1. Captação de Sinais Cerebrais: Sensores implantados no cérebro do paciente captam os sinais elétricos gerados pelos pensamentos.
  2. Interpretação pela IA: Um software baseado em IA interpreta esses sinais e os converte em comandos compreensíveis para o braço robótico.
  3. Execução dos Movimentos: O braço robótico executa as ações correspondentes aos pensamentos do paciente, como pegar um copo ou abrir uma porta.

Diferencial do Estudo

O grande avanço desse estudo é a longevidade do sistema. Enquanto outras tecnologias similares, como as testadas pela Neuralink de Elon Musk, funcionavam por apenas um ou dois dias sem ajustes, a equipe da UCSF manteve o sistema operacional por sete meses. Isso foi possível graças a um treinamento específico: o paciente foi instruído a imaginar movimentos com diferentes partes do corpo (mãos, pés, cabeça), mesmo sem conseguir realizá-los fisicamente. Esse processo ajudou a IA a se adaptar às variações nos sinais cerebrais, garantindo maior precisão e durabilidade.

Capacidades do Braço Robótico

O braço robótico utilizado no experimento é multiarticulado, capaz de se mover em várias direções e realizar uma ampla gama de movimentos. A “mão” do dispositivo possui três “dedos” que permitem movimentos de pinça, como pegar e mover objetos. Em um vídeo divulgado pela UCSF, o paciente aparece controlando o braço para abrir um armário, pegar um copo e levá-lo até um bebedouro.

Aplicações Futuras

A tecnologia tem o potencial de transformar a vida de pessoas com deficiências motoras severas, como tetraplégicos, oferecendo maior autonomia para atividades cotidianas, como comer e beber sem assistência. Karunesh Ganguly, professora de neurologia e líder do projeto, acredita que, com avanços adicionais, o dispositivo poderá se mover de forma ainda mais rápida e precisa.

Desafios e Próximos Passos

Apesar dos resultados promissores, ainda há desafios a serem superados. A equipe da UCSF utilizou um braço virtual em parte do estudo para identificar e corrigir pequenas variações nos sinais cerebrais antes de testar o dispositivo físico. Esse processo foi crucial para alcançar a estabilidade do sistema.

A capacidade de controlar um braço robótico com a mente representa um marco significativo no campo das interfaces cérebro-computador. Com o aprimoramento contínuo da tecnologia, é possível imaginar um futuro em que pessoas com deficiências motoras possam recuperar parte de sua independência, realizando tarefas cotidianas com a ajuda de dispositivos controlados pela mente.

Para mais informações e novidades sobre tecnologia, acompanhe o Deeplek.com.

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